No dia do Administrador, publico um texto de Carlos Alberto Junior, presidente da TECNISA.
Porque a teoria, na prática, funciona.
Por que não repetir os modelos de
sucesso em vez de tentar reinventá-los? A tentação de reinventar a roda é
sempre muito grande. Quem não quer deixar sua marca na organização com novos
produtos, processos ou estratégias? É evidente que as boas inovações geram
lucros expressivos. Afinal, tendemos a pagar mais pelo novo, pelo inusitado e
pelo exclusivo. Aliás, vale definir o que é inovação. Trata-se de um produto ou
serviço cujo valor no mercado excede seu valor intrínseco. Isso quer dizer que
o cliente aceita pagar um prêmio pela novidade. Portanto, a inovação valerá, se
puder seduzir seu público-alvo. Nem só de inovações, entretanto, vive o mundo
dos negócios.
A continuidade, o volume e a escala
ainda são fatores determinantes da competitividade. Eis aí a questão: inovar
muito, inovar pouco ou não inovar? Inicio uma reflexão sobre o mundo dos negócios.
Há quem valorize preferencialmente a prática, isto é, a ação transformadora, a
operação e a obtenção de resultados.
Normalmente, esta é a visão predominante
das pessoas corajosas, capazes e empreendedoras.
Excelente! Se todos os empresários
brasileiros seguissem esse paradigma de conduta, aceleraríamos ainda mais rumo
ao desenvolvimento. No entanto, essa energia realizadora frequentemente é desperdiçada
pela falta de conhecimento da teoria, seja no start-up empreendedor, no
estabelecimento de uma política de recursos humanos, na administração
financeira, no sistema de vendas e distribuição, no marketing ou na comunicação
com fornecedores e clientes.
O conhecimento da teoria e de suas
aplicações auxilia tremendamente as decisões do dia-a-dia. Reduz a taxa de
erros, enquanto eleva a de acertos. Dessa maneira, encontramos uma chave para o
problema. Inovar é necessário, sim, sempre. Mas a inovação inteligente depende
de uma consulta aos casos de sucesso e aos saberes cientificamente organizados, isto é, à teoria.
A inovação pode constituir-se, por
vezes, no simples aprimoramento de algo já existente. Os produtos da revolução
digital são exemplo inequívoco dessa tendência. Mágica ou magia? A ciência da
administração não tem mais do que cem anos. Ainda que jovem, é abrangente o
bastante para apontar os caminhos e práticas que garantem lucratividade e
longevidade às empresas.
Estudar suas ferramentas teóricas
permite ao gestor prever problemas, detectar oportunidades, inovar, andar mais
rápido e crescer. No mundo da gestão, não há mágica, mas há magia. Não é um
ambiente de truques. Mas é encantador liderar pessoas, criar valor e
aperfeiçoar a sociedade por meio da oferta de melhores produtos e serviços. A administração dos negócios
nunca será uma ciência exata.
Ao contrário, hoje sabemos que gerir é
uma tarefa contingencial: não há regras fixas, nem soluções únicas para cada
problema. Assim, conhecer os erros e acertos do passado, de grandes e pequenas
companhias, de empresários fracassados ou vitoriosos, é fundamental para quem
precisa decidir com segurança. Como ensina Peter Senge, criador do conceito de
Learning Organization, o processo permanente de aprendizado nas companhias
exige atenção aos ventos da transformação, diálogo e pensar compartilhado, ou
seja, a reflexão sobre a teoria demanda a iniciativa e o entusiasmo de gestores
e também de seus grupos de trabalho.
De modo cooperativo, as mentes podem
converter a teoria em ferramenta sempre atualizada, moldável à solução de
problemas ou ao aproveitamento de oportunidades. O compromisso de Magia da
Gestão será mostrar que a teoria, na prática, funciona, desde que você a
conheça e saiba utilizá-la como guia para a ação transformadora. Vamos
experimentar?